O açúcar é um dos alimentos mais populares do mundo, e está presente na dieta de bilhões de pessoas. Ele tem uma origem única, a cana-de-açúcar, mas pode passar por diversos processos, resultando em produtos variados, como o açúcar extra fino, cristal, refinado, mascavo e demerara.
Cada um deles tem suas particularidades, valores nutritivos diferentes e causam efeitos distintos nos nossos corpos. Por isso, é importante saber mais sobre cada um deles.
Pensando nisso, a Energy decidiu explicar melhor a diferença entre dois dos tipos de açúcar mais comuns: o extra fino e o refinado.
O açúcar
Antes de falarmos sobre a diferença entre o açúcar refinado e o extra fino, vamos falar um pouco mais sobre o açúcar de modo geral.
Em resumo, o açúcar é um grupo de carboidratos cristalizados, como a sacarose, frutose e maltose. Os alimentos possuem tipos de açúcar diferentes. O do leite, por exemplo, é a lactose. Enquanto isso, o açúcar mais comum nas prateleiras dos comércios é a sacarose.
Açúcar extra fino
Ele é o resultado da moagem do açúcar cristal, que acontece de forma elaborada e específica, de maneira mecânica.
Sendo assim, ele se torna bastante fino, pois passa por um refinamento intenso. Sua consistência é semelhante a neve bem fina e a do talco e sua dissolução é muito boa, mesmo não passando por processos químicos.
Ele é considerado mais saudável e completo, já que ao longo do processo seus minerais e nutrientes são preservados
Açúcar Refinado
Este tipo de açúcar passa por diversos processos químicos, para então chegar à consistência e dissolução que conhecemos.
Também chamado de açúcar branco, é o seu processo de refinamento que o faz ficar dessa cor, além de deixá-lo com o gosto que conhecemos.
No entanto, um ponto a ser considerado é que alguns nutrientes são perdidos ao longo do processo. Sendo assim, no produto final restam apenas as “calorias vazias”, que não possuem nutrientes.
O processo de fabricação
Como dito no início do texto, a matéria-prima para a produção do açúcar é a famosa cana-de-açúcar. E ela passa por algumas etapas ao longo da sua fabricação.
A chegada
A cana chega nas usinas em caminhões. Uma curiosidade é que, depois de passarem pela balança, eles passam pelo chamado laboratório PCTS. Por lá é testado o teor de sacarose do produto. Então, o pagamento da cana é realizado, proporcionalmente a este teor.
Em seguida, o caminhão tomba a carroceria para despejar a cana na chamada mesa alimentadora. Neste momento ela é levada para os picadores e desfibradores, através de esteiras.
O objetivo aqui é abrir as células da cana ao máximo e aumentar a extração.
Logo depois, a cana vai para a moenda. Por lá, é adicionada água quente, com temperatura por volta dos 60 graus centígrados, para que mais caldo seja extraído.
O início
As moendas possuem diversos ternos. Cada terno é composto por 4 rolos: um de pressão, um de entrada, um superior e um de saída. Normalmente, uma moenda possui 6 ternos, ou seja, 24 rolos.
Após passar por todos os ternos, resta um resíduo. Ele é enviado às caldeiras, onde é queimado e gera calor para transformar a água em vapor, alimentando os processo de fabricação e destilação.
O caldo obtido no primeiro terno vai para a fábrica. Ele é o que contém mais sacarose. O caldo dos ternos seguintes vai para a destilaria.
Depois de tudo isso, os caldos passam por peneiras, por sulfitação (processo que retira as substância que deixam o caldo com cor escura e mata microrganismos).
Na sequência, o caldo vai para a dosagem ou calagem, momento onde o pH do líquido é neutralizado. Então, esse caldo é aquecido, de modo a matar outros microrganismos e acelerar as reações.
Depois de aquecido, o destino do caldo é o decantador. Lá são obtidos o lodo (que é enviado para a filtragem, para recuperação da sacarose) e o caldo já clarificado, que passa pela evaporação (onde 75% da sua água é retirada).
Nesse momento o caldo torna-se o xarope, e segue para o cozimento.
O final
Depois do cozimento é hora de descarregar o material obtido até esta etapa nos cristalizadores. Em seguida, é separado o mel mãe.
O açúcar branco, mel rico, sai e vai para secagem. O mel pobre vai para o cozedor, com o intuito de se recuperar a sacarose não cristalizada.
Todo este processo é utilizado, não só na fabricação do açúcar refinado, mas também do demerara, cristal, granulado, VVHP e VHP.
Mas vale ressaltar que, dentre eles, o granulado e o refinado passam por alguns processos de refino, como por exemplo:
- Diluição,
- Flotação,
- Filtros,
- Descoloração,
- Cozedor,
- Batedeiras,
- Secagem,
- Peneiras.
Esse é, de forma resumida, o processo pelo qual passa a cana-de-açúcar até virar o açúcar que chega em nossas casas!
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